A fim de estudar o desenvolvimento do franchising nas diversas regiões do País, a ABF – Associação Brasileira de Franchising listou em um levantamento as 30 cidades brasileiras com o maior número de unidades e de marcas atuantes. Estes dados confirmam a interiorização do franchising, a intensa movimentação das marcas e a presença de polos de franchising em várias regiões do País. Fica claro também que algumas economias locais estão com um ritmo de recuperação superior à média nacional, a exemplo de São José dos Campos (SP), cujo volume de unidades cresceu 13% no primeiro semestre (a média nacional foi de 9%).
Para o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, “o franchising está presente em mais de 40% dos municípios brasileiros. Com este estudo, buscamos evidenciar alguns destaques regionais e movimentos. Mais uma vez, pudemos constatar a importância do interior do País para as redes e o desempenho acima da média nacional em várias cidades. É o franchising se reinventando para um novo ciclo de crescimento que começa a se consolidar”.
Das 30 cidades brasileiras com maior número de unidades de franquias, 20 são capitais (66,7%). Entre as 10 cidades com maior número de marcas, apenas Campinas (SP) não é capital. Considerando-se a taxa de crescimento de unidades no primeiro semestre deste ano, destacam-se quatro municípios que não são Capitais: São José dos Campos, Campinas, Niterói (RJ) e Uberlândia (MG).
De forma semelhante, das 30 cidades brasileiras com maior número de marcas de franquias presentes, 19 são capitais (63,3%). Entre os 10 municípios com maior número de marcas, apenas Campinas não é capital. No entanto, entre as 10 cidades que apresentaram maior crescimento de número de redes no primeiro semestre de 2016, 4 não são capitais (Campinas, São José dos Campos, Jundiaí/SP e Uberlândia). Destaque também para o volume de marcas que passou a atuar em mercados consolidados como São Paulo (25%), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília (17%).
“Atribuímos este movimento a três fatores: a continuidade do aparecimento de novas marcas, a aceleração do processo de inovação e a redução do aluguel de imóveis (e outros custos administrativos). Este último fator foi especialmente importante, pois reduziu os custos de ingresso em mercados com grande potencial de consumo, por mais que as condições macroeconômicas não sejam ainda tão positivas”, explica Vanessa Bretas, gerente de inteligência de mercado da ABF.
O movimento de interiorização das redes de franquias se reflete mais fortemente no interior do Estado de São Paulo – 9 das 11 cidades que não são capitais entre as 30 com mais marcas são paulistas (as exceções são Uberlândia e Niterói) e 8 das 10 cidades que não são capitais entre as 30 com mais unidades de redes de franquia são do Estado de São Paulo (exceções neste caso também são Uberlândia e Niterói).
“Além da força econômica, isto se deve ao fato de que uma grande parcela das redes franqueadoras tem suas sedes no Estado de São Paulo, portanto a expansão em municípios próximos é um movimento natural na busca de novos mercados”, afirma Altino Cristofoletti Junior.
RELAÇÃO / 30 CIDADES BRASIL / UNIDADES
CIDADES 2016 2017 (1ºSem.) Variação
1 São Paulo 10259 11132 9%
2 Rio de Janeiro 5222 5719 10%
3 Brasília 1934 2123 10%
4 Belo Horizonte 1784 1966 10%
5 Curitiba 1590 1708 7%
6 Salvador 1463 1592 9%
7 Campinas 1301 1431 10%
8 Porto Alegre 1253 1362 9%
9 Fortaleza 1208 1312 9%
10 Recife 1141 1282 12%
11 Goiânia 1067 1195 12%
12 Belém 709 751 6%
13 Manaus 675 738 9%
14 São Luís 653 704 8%
15 Guarulhos 645 692 7%
16 Ribeirão Preto 616 665 8%
17 São José dos Campos 588 663 13%
18 S. Bernardo do Campo 599 655 9%
19 Niterói 565 631 12%
20 Santo André 579 631 9%
21 Florianópolis 565 621 10%
22 Natal 537 588 9%
23 Campo Grande 548 580 6%
24 Uberlândia 499 556 11%
25 Teresina 510 548 7%
26 Maceió 503 547 9%
27 S. J. do Rio Preto 492 537 9%
28 Sorocaba 490 532 9%
29 João Pessoa 467 514 10%
30 Cuiabá 473 512 8%
RELAÇÃO / 30 CIDADES BRASIL / MARCAS
CIDADES 2016 2017 (1ºSem.) Variação
1 São Paulo 568 711 25%
2 Rio de Janeiro 465 548 18%
3 Campinas 362 436 20%
4 Brasília 373 436 17%
5 Curitiba 342 404 18%
6 Belo Horizonte 329 386 17%
7 Salvador 331 375 13%
8 Recife 323 369 14%
9 Fortaleza 296 351 19%
10 Goiânia 298 350 17%
11 Porto Alegre 277 311 12%
12 Ribeirão Preto 279 309 11%
13 S.J. dos Campos 245 292 19%
14 Santo André 257 292 14%
15 São Luís 258 282 9%
16 S. Bernardo do Campo 241 280 16%
17 Jundiaí 231 271 17%
18 Natal 238 268 13%
19 Campo Grande 254 268 6%
20 Uberlândia 226 265 17%
21 Teresina 229 258 13%
22 Sorocaba 232 257 11%
23 Belém 236 255 8%
24 Florianópolis 229 253 10%
25 João Pessoa 222 251 13%
26 Vitória 224 249 11%
27 Baruer 218 248 14%
28 Manaus 216 247 14%
29 Guarulhos 219 247 13%
30 Niterói 222 245 10%
Sobre a ABF
A ABF – Associação Brasileira de Franchising é uma entidade sem fins lucrativos, criada há 30 anos para divulgar, defender e promover o desenvolvimento sustentável, técnico e institucional do modelo de negócio denominado como Franchising/Franquia. Sendo assim, a instituição reúne todas as partes envolvidas na franquia – franqueadores, franqueados, consultores e prestadores de serviços – para garantir e disseminar as melhores práticas da indústria do franchising no Brasil. Entre as funções desempenhadas pela entidade estão orientar o investidor como pesquisar corretamente uma franquia, indicar leituras especializadas e fornecer dados sobre as empresas franqueadoras no Brasil e no exterior. Para as empresas interessadas em expandir seus negócios por meio do sistema de franquia, a ABF indica quais ações são neces sárias para formatar o negócio, assim como relaciona profissionais de consultoria em Franchising para auxiliarem o processo.
Para marcar suas três décadas de história, a ABF lançou o livro ABF 30 Anos (impresso e digital) e com ele um projeto atemporal que conta a história da entidade e do franchising brasileiro. Acesse www.abfhistoria.com.br e saiba mais.
fonte: “DFreire Comunicação e Negócios”
Comentários