Foi prestigiado o evento de abertura da exposição “Vincent – Paisagens de Van Gogh”, que integra as comemorações dos 40 anos do Iguatemi Campinas e que oferece aos visitantes uma experiência imersiva e sensorial através de cenários pintados pelo holandês considerado uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental.

A exposição conta a vida e a obra do pintor por meio de salas temáticas. Em cada sala, o visitante irá viver a experiência única de sentir-se dentro de suas telas e mergulhar na alma do gênio holandês, conhecendo os cenários que o inspiraram, um pouco de suas reflexões e algumas pinceladas sobre fatos de sua vida e obra. 

A sensação de estar dentro dos quadros será conseguida com uso de cenografia inspirada nas obras de arte e tecnologias como projeção, realidade virtual, vídeos e áudios. Cada sala apresenta uma obra diferente do artista e, nos textos das paredes, faz uma analogia com aspectos de sua vida e de sua personalidade, partindo de trechos de cartas escritas pelo próprio artista. 

Até o dia 29 de março a exposição ficará localizada na praça de eventos do terceiro piso do shopping e poderá ser visitada de segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 12h às 20h.

Janaína Nunes e Karina Israel, respectivamente gerente de marketing do shopping e curadora da mostra, receberam todos e o Programa Circuito Fechado foi conferir!

 

Sala 1: Cartão-postal (entrada)

A entrada da exposição apresenta um cartão postal com texto de Vincent Van Gogh para seu irmão Theo, representando o carinho que o artista, incompreendido em sua época, tinha por sua família. As cartas são repletas de sentimentos e uma enorme vontade de que sua obra agrade e faça sentido, o que não ocorreu durante a vida do pintor. Os selos, que se sobrepõem ao cartão, representam a aclamação oficial e popular do artista e de sua obra, por seu país, Holanda, e por todo o mundo.
Ficha Técnica: Reprodução de um dos cartões-postais trocados entre Vincent e Theo (1872 a 1890). Cartão-postal, 10 cm x 15 cm.

 

Sala 2: Campo de trigo com corvos

Nesta sala é apresentada a angústia dicotômica sentida pelo pintor. Enquanto o amarelo, cor preferida de Van Gogh, é a matiz predominante no quadro “Campo de Trigo com Corvos”, os corvos efetivamente o enlouqueciam com o desalento de seu grasnar alto. É a felicidade representada pelo amarelo em contraste com a profunda tristeza e o desalento de um caminho sem saída, ao som melancólico e até irritante dos pássaros. Ao final da projeção, o som de um tiro, representando a morte do pintor, que atentou contra a própria vida, dando um tiro em sua barriga e falecendo dias depois no hospital, no colo do amado irmão. 

Ficha Técnica: Campo de Trigo com Corvos (julho de 1890), Óleo sobre tela, 50,5 cm x 103 cm, Museu Van Gogh, Amsterdã, Holanda

 

Sala 3: Labirinto de flores

O labirinto formado por uma infinidade de flores de íris e representa a fascinação do pintor pela natureza. Por acreditar que seu papel como artista era o de captar tudo o que a natureza tinha a oferecer, buscava mostrar a todos, por meio de pinceladas intensas, mais do que os olhos podiam efetivamente enxergar. O período em que o pintor esteve recuso em um sanatório francês rendeu centenas de quadros retratando todo este esplendor.

Ficha Técnica: Jardim de Íris (1890), Óleo sobre tela – 71 cm x 93 cm, J. Paul Getty Museum, Los Angeles, EUA. 

 

Sala 4: Praça da amendoeira

Van Gogh, filho de um pastor calvinista, foi criado em meio à religião e a uma numerosa família. Entretanto, a doença o afastou de todos, com exceção de Theo, o irmão caçula, que além de incentivar o artista a seguir seus sonhos, sempre o tratou com muito amor e carinho. Os dois trocaram lindas e emocionantes cartas ao longo de anos. Esta sala representa exatamente todo o sentimento existente nesta relação, apresentando uma amoreira em flor ao centro, cercada por bancos de madeira onde os visitantes podem escutar os áudios de algumas das referidas cartas.

Ficha Técnica: Amendoeira em flor (1890), Óleo sobre tela – 74 cm x 92 cm, Museu Van Gogh, Amsterdã, Holanda.

 

Sala 5: Banho de Lua

A sala Banho de Lua representa não somente a vida boêmia de Vincent, como também o seu fascínio pela noite e pelo brilho das estrelas. Para ele a noite era tão intensamente povoada de cores que frequentemente lhe parecia ser mais viva do que o dia. Angustiado, Van Gogh buscava conforto na bebida e nos bares. A experiência em realidade virtual apresenta o Café Noturno, um bar que o pintor costumava frequentar, retratado em cores vivas e alegres, em contraponto com a agonia e inquietação em que os frequentadores contumazes viviam mergulhados.

Ficha técnica: Noite Estrelada Sobre o Ródano (1888), Óleo sobre tela – 72,5 cm x 92 cm, Museu d’Orsay, Paris, França.

 

Sala 6: Sinfonia da Noite Estrelada

Esta sala foi criada de maneira a apresentar aos visitantes a incrível e esplendorosa obra de Van Gogh, como um todo, e sua inegável genialidade, que pode ser sentida e observada em cada pincelada, na escolha das cores, na maneira de retratar a natureza. De artista incompreendido a reconhecido gênio da pintura, sua obra é magnética e inegavelmente emociona a todos que têm a oportunidade de apreciá-la.
Ficha Técnica: A Noite Etrelada (1889), Óleo sobre tela – 74 cm x 92 cm, MOMA, New York, EUA.

 

Sala 7: Saída Pelo Bosque

Uma das opções de saída da exposição. Nesta sala, impressões e espelhos criam nos visitantes uma sensação de imersão em um bosque pintado por Van Gogh. 

Ficha Técnica: Duas Figuras no Bosque (1889), Óleo sobre tela – 50 cm x 100 cm, Cincinnati Art Museum, Cincinnati, EUA.

 

Sala 8: Foto Pintada

Aqui os visitantes terão a oportunidade de tirar uma foto, com um filtro que remete à obra pós-impressionista, simulando suas pinceladas características. A foto poderá ser compartilha nas redes sociais. A cenografia da sala é composta por espelhos e girassóis, remetendo a uma das mais famosas obras do artista.

 

 

 

Fotos: Paulo Fleury / Circuito Fechado